A nova mais-que-velha

Essa semana encontrei uma coisa que nem lembrava que existia. Um caderno meu, lá dos tempos em que começava a perceber que eu girava mais que o mundo. Tanta coisa escrita, tanta coisa!
Comecei a ler e me dei conta que muitas coisas que eu sentia nos meus 13 aninhos não mudaram nada dentro de mim. E se não mudaram é porque minha essencia não mudou, continua aqui. Gostei de ter certeza que em aspectos tão profundos, eu não mudei. As situações eram diferentes, eu enxergava o mundo de um jeito diferente, mas as sensações e tudo mais, ainda estão aqui. Ainda sinto a mesma angústia e tristeza daquela época, que vão e voltam sem aviso.
A única coisa estranha é que tenho a impressão que eu conseguia ser muito mais relaxada e sincera com a minha tristeza, as palavras eram simples mas transmitiam um significado que hoje pareço não conseguir expressar! Eu dizia tudo!
Com certeza vou aproveitar todas aquelas palavras e compor boas músicas de sentimentos misturados essencialmente meus.